sábado, 11 de julho de 2009

O tempo nao pára

“O tempo não pára”
Essa frase nunca fez tanto sentido. Andei falando por ai que tudo que lembro, se tratando de amigos, festas e eventos marcantes, foram, no fim das contas, há 10 anos.
Dez anos quando temos pouco mais que isso, é uma eternidade. Não imaginamos o que acontecerá, o que faremos, o que a vida pode nos trazer. Ou imaginamos algo muito além, quase inalcançável.
Viver o dia-a-dia deixa-nos meio cegos com o tempo. Percebemos as 24 horas, o dia e noite, manhã, tarde. Hora do almoço, hora do jantar, hora de dormir, enfim, as divisões que convencionamos para viver cronologicamente. Já os anos são muitas horas, milhões de minutos e ficaríamos loucos se sentíssemos exatamente esse tempo. Por isso quando paramos e pensamos nesse tempo passado, assustamos com ele.
Sentimos certo desespero quando percebemos que os 10 anos se foram, passaram, e não fizemos tudo que queríamos. Os dez anos passaram e eu ainda não tenho uma conta bancaria decente, uma mulher e filhos. E achava que quando tivesse 25, 26 anos, já seria um adulto. Gente grande. Como na cartilha da escola. E pensamos nos 10 anos seguintes, o que faremos, criamos objetivos, tentamos fazer desse tempo que esta por vir o melhor e mais proveitoso possível. Mas logo caímos no tempo do dia-a-dia de novo e acabamos cegos mais uma vez.
Encontrei com a família para o aniversário da minha irmã e fui o responsável por todos perceberem o tempo. Completo 30 anos em novembro. Para meus pais e meus tios, que me viram chegar raquítico com alguns pouquíssimos quilos e me ver 30 anos depois saudável e forte, deixou-os com lágrimas nos olhos. Se quando olho para dez anos sinto o tempo, 30 anos são inimagináveis para mim. Sinto a emoção só de escrever essas ultimas palavras! E foi ai que realmente me liguei na frase “o tempo não pára”.
Sinto que muita água passara por de baixo da ponte, muitas emoções e experiências estão por vir. “Meus 20 anos de boy, that´s over baby!” Mas que venham os próximos! Pronto e maduro o suficiente para encará-los. Com um único só pensamento: viver sem medo.
Sem medo de dizer o que pensamos e sentimos. Sem medo de vivenciar o que temos vontade de fazer. Sem medo de se jogar numa relação. Sem medo da vida. Traumas de infância e adolescência se foram. Conflitos hormonais não fazem mais parte da minha vida! Logo, vivamos então, a vida adulta!

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