segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do Amigo

Às vezes tento olhar pra dentro de mim e ver todos os sentimentos e pensamentos que existem dentro de mim, como se estivesse olhando para um aquário. Principalmente para escolher um tema especifico e focar nele.
Nesse momento visualizo bem o tal do “Dia do Amigo”, Sarney e mais uma pra somar a lista de falcatruas do presidente do Senado, a UNE e movimentos que já meti a boca em posts anteriores e a ida do homem à lua e os planos para ir de novo. Vários peixinhos!

Numa breve consulta ao oráculo Wikipédia veja só você a origem do dia do amigo:

“O Dia do Amigo foi adotado em Buenos Aires, na Argentina, com o Decreto nº 235/79, sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo. A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo.”

Posso imaginar que a nova ida à Lua seja um meio de unir os povos. Em prol de algo muito maior que a corrida armamentista ou espacial. Muito maior que interesses político e econômicos. Consigo chegar num motivo nobre para isso. Acompanho a linha de raciocínio do nosso “hermano” Enrique Febbraro. Pena que os conceitos não são mais os mesmos. A palavra ‘amigo’ tornou-se o numero de pessoas no seu Orkut. E cá entre nós, quem consegue ser amigo de 100, 200, 1000 pessoas? Vovó já me dizia: “Amigos de verdade não enchem uma mão!”
Pois é! Não mesmo. Só que você não ter amigos hoje quer dizer que você é triste. Você não é feliz tendo poucos amigos. O lance é lotar a festa de gente conhecida e chamar todo mundo de amigo. Ser popular, de tanto que assistimos filmes de colegiais norte-americanos, tornou-se conceito de vida! O celular mais legal, o tênis mais bacana, o mp3 mais tchans, a roupa x, a marca tal. Tudo isso é a preocupação da molecada que estamos gerando. E muito disso é o que somos. Quando vemos já estamos com o tal mp3 na orelha e nem sabemos desde quando temos esse hábito. Tudo para tentar fazer parte da sociedade ou ser atropelado por ela. E nessa mesma onda vem o gosto musical, a cultura em massa, e novos valores. E o único valor pregado hoje é o de ser feliz a qualquer preço. Vem lá dos negros americanos. Os excluídos que rimaram grana com fama e logo saíram do subúrbio e foram montar mansões em Hollywood, com carros de luxo na garagem, festas com biscates balançando o rabo ( como eles mesmos dizem), e ouro por tudo lado. O imediatismo toma conta de nós. Se for pra perder uns quilos e ficar igual a Paris Hilton, hoje eu peso 120, amanha quero pesar 65. E ai meus queridos, nesse mundo doido é cada um por si e Deus também!
Collor é amiguinho do Lula agora, o movimento estudantil é amiguinho de todo mundo que aprove a verba da carteirinha esse ano ( ou coisa parecida), os estados unidos querem voltar as ser amiguinho do mundo e nada melhor que ir até a lua pra isso. No final dos asnos 60 e comecinho dos 70 o lance era paz e amor. Hoje é grana. Grana pra ser feliz com minha mansão, meus carros, e todos meus 1200 amigos.

Bom, eu ando percebendo isso tudo. Vou acabar um velho rabugento! Mas não triste. Provavelmente não vou ter uma mansão, nem um monte de piranha rebolando na minha cara, nem um monte de carros. Mas rodeado de pessoas que me fazem sentindo e não são só números numa pagina de relacionamentos. Pessoas de longa data e outras que estão por vir. E que só o tempo vai dizer se são amigos que ficarão, ou se são pessoas queridas que passarão e eu passarinho! Enquanto não sei, aprendo a cultivar os que já estão por aqui. Os que sinto que me querem bem, os que amo. Independente da distancia e tempo de separação. Sentir amor por um amigo de verdade e tentar preencher uma mão deles, é um pequeno passo para um homem, mas uma grande diferença para humanidade!

Um comentário: