sábado, 11 de julho de 2009

Achei um poeminha sobre JB

Parece que vai dar errado
mas eis que na hora H,
basta um jogo de cintura
e pelo gongo é salvo...
aquele jeitinho improvisado
chega de mansinho e envolve
e o que ia “pras cucunhas”, resolve.

De repente, sai de cena,
deixando ao salvador da pátria
o mérito de todos os créditos,
toda a lábia que encena,
ao ser milagroso e inédito...

E os jeitinhos que por aí vivem,
por mais que se duvidem,
usam seu jeito teatral
até de maneira formal,
tanto para o bem, como para o mal.

Cada um quer seu quinhão:
correr atrás do prejuízo,
Cruzar a linha de chegada,
estar por cima da carne seca,
ser o rei da cocada preta,
mesmo que o fruto seja maculado.

Os meios justificam os fins.
E se respingos de lama sujam a honra,
o tempo é borracha.
É ficar ausente, atravessar o mar,
e voltar na surdina da noite.

Há exceções...
Basta abrir a janela de casa
e perceber que somos jeitosos,
quando nos solidarizamos na dor,
superamos nossas misérias,
e simplificamos as burocracias da vida.
O “jeitinho” poder de ser também criativo,
solidário e benevolente.

Tudo parece normal
nesse país continental,
onde cada um age de acordo
com seu traço regional
ou com o que lhe é primordial.
Matar um leão por dia
só pra quem tem muita raça,
quem traz no peito registrada
Jeitinho Brasileiro, a marca.

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
Co-autoras: Fátima Cerqueira e Carmen Lúcia

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