sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mulher Jibóia

Nove meses e meio e nada. Estava com a barriga explodindo e nem sinal da criança.
Samuel indagou-se do possível problema, mas Bárbara nunca apresentou nenhum. Na verdade nunca esteve melhor. Inclusive na intimidade.
Quando chegaram aos dez meses de gestação conversaram e decidiram deixar a vontade de Deus acontecer. A barriga crescia naturalmente e o máximo que poderia acontecer era a criança nascer criada! Eles gargalhavam com a piada deitados nus, felizes.
Samuel surpreendeu-se descobrindo que sua atração por Bárbara crescia tanto quanto.
Bárbara preenchia a cama toda quando chegaram aos quinze meses. Samuel já não podia dar prazer como sempre deu. Era incrível como meio braço cabia dentro dela e ainda assim a cabeça do bebê parecia distante.
Resolveram desmontar a cama e o armário e forrar o chão com colchões. Bárbara ocupava praticamente meio quarto quando chegaram ao vigésimo terceiro mês. Samuel conseguia introduzir uma perna até pouco acima do joelho em Bárbara. Era preciso colocar um travesseiro na boca dela quando se amavam, pois o prazer era tanto que os gritos eram inevitáveis. Ela sempre pediu e sempre comandou. Dizia que sentia o quanto Samuel deveria entrar.
No dia em que a gestação completou dois anos, Bárbara pediu que entrasse com a cabeça. Um desejo que Samuel escondeu e que de escutar, ejaculou. Tomou banho raspou os pelos do corpo, fez a barba e raspou o cabelo. Escalou a barriga macia de Bárbara, sentiu o teto do quarto frio quando o tocou com as costas antes de descer e atravessar as enormes mamas e finalmente encontrar o rosto de sua amada. Deu-lhe um beijo demorado e percorreu todo o caminho de volta.
Antes dele entrar, Bárbara disse amar Samuel.
Mal encostou a cabeça e foi sugado. Mergulhou em Bárbara e nunca mais saiu.
Sabe-se que depois de dois anos Bárbara voltou ao seu tamanho natural. Tentou voltar para a velha rotina, mas teve que mudar-se. Na pequena vila onde morava ficou conhecida como Mulher Jibóia.

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