quarta-feira, 14 de julho de 2010

Da saga Sr.Sincero

Dei-me conta que estava pensando numa pessoa que chamaremos aqui de Maria.
Dez anos depois nos reencontramos. Um misto de alegria e lembranças agitadas.
Minha lembrança mais recente era Maria enfurecida me mandando embora aos berros depois de uma balada que ela foi embora e eu e o João, namorado dela na época e meu mega parceiro de republica, de sala, de boteco, mega brother resolvemos ficar e tomar mais umas saideiras. Chegando na casa deles Maria estava na porta. Bate boca. Foi super engraçado e tenso. Dei risada no carro.
Depois de uma festa onde nos reencontramos e trocamos contatos, começamos a nos conhecer novamente e depois do episódio “borrachada” acabamos numa balada muito interessante. Uma noite irada, com muita risada e som legal.

Inevitavelmente essas lembranças recentes permaneceram na retina e acabaram com qualquer resquício de conflito do passado. O que me deu uma sensação boa e uma saudade momentânea do fim de semana que passou. Passei o dia tendo flashs da balada e lembrando-me da Maria e da Matilde, das risadas, das coisas ditas. As noites boas causam isso em mim. Uma nostalgia precoce!

Mas que perigo dizer isso! Não só para as duas que saíram comigo pela primeira vez, mas pra qualquer outra que você conheceu e saiu há pouco tempo. Invertendo os papéis, se a Maria me diz que passou o dia pensando em mim, o que eu iria pensar? E com qual cabeça pensaria?!

Venho gritando aos sete ventos que devemos ser sinceros com o que sentimos. Que devemos olhar para dentro e entender o que o coração diz e não negar isso. Não devemos fazer o jogo da sedução e deixar tudo às claras. E agora me ponho à prova: Como não jogar e ser sincero se o simples fato de sentir saudades pode ser visto e interpretado por N ângulos?

Que fique claro agora antes de qualquer mal entendido: Não “tenho” nada com a Maria nem saímos com a intenção de “ter” alguma coisa.
Estamos nos conhecendo e criando uma amizade. Não é assim que se faz? Ou estamos tão virtuais que esquecemos como relacionarmos?

Ponto esclarecido volto a perguntar: E se fosse a Maria que tivesse me dito que passou o dia pensando em mim?
Pensaria que realmente o passado ficou e que uma nova amizade começou bem. E que foi tão bom pra ela quanto foi pra mim. Sem grilos. O que fosse dito daí pra frente é que iria determinar se estaríamos caminhando pra uma amizade ou um romance.
Como já aconteceu.
Assim como já aconteceu de eu não pensar isso. De achar que uma paixão estava acontecendo. De pensar “ai meu Deus, fodeu”! “Olha o grude carente chegando!”
Assim como EU também já fui um grude carente! Nessa vida amorosa passamos por todos os papeis, acredite.
Então, ser ou não ser sincero?
Escolho ser:
André Diz: Maria, estive lembrando do fim de semana, passei o dia pensando em você. Pode parecer cantada barata mas é verdade.

Maria diz: mas sinto informar q vc não pode ter esperança nenhuma em relação a um xaveco
Vamos aumentar a amizade e curtir sempre.
Andre diz: Foi o que eu disse, pode parecer, mas não é xaveco não.

Aí é pagar o preço de ser sincero meu amigo(a)!

O papo com a Maria foi em tom descontraído, nada sério. Mas a resposta é a mesma que qualquer pessoa hoje em dia daria, inclusive eu, que poderia ficar quieto, mas me pareceu egoísmo não compartilhar um sentimento bom.
Difícil né?
Continuo na saga Senhor Sincero!

AH! Meninas: Foi bom pra cagaio, deu saudades e quero mais! #prontofalei !

(Todos os nomes desse post sao ficticios)

Um comentário:

  1. "mas me pareceu egoísmo não compartilhar um sentimento bom..."
    Às vezes, falar é egoísta. Existem coisas que são só nossas e os outros não precisam saber. Não significa que seja um jogo. Depois te conto uma história...

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