terça-feira, 4 de agosto de 2009

Fico assim

E agora fico assim.
Entre a precipitação infinita do abismo e o horizonte distante
Assim como quem flutua com as caricias da brisa
Assim como quem desbrava os céus e mares da consciência
Como quem atinge a idade avançada sem ter rugas aparentes.

Experiente de mim mesmo.
Sábio autodidata e ignorante em potencial
Cego de um olho e ofuscado pela luz do sentimento
Paixão que é palha
Amor que já tarda, mas não falha!

Minhas palavras são notas desafinadas daquilo que gostaria tocar
Arranjo dissonante de uma obra inacabada
Um violão sem a corda ré
Da escala me resta o dó talvez o La
Mas a música esta pronta e viva
Dentro de minh’alma que desperta a cada novo acorde.

Longe de mim o egoísmo e a possessão
Longe toda fúria de macho ferido
Longe de mim
Distante dos olhos e presente nas entranhas
Cravado no peito com arma branca
Apunhalada aguda e ferida superficial
Ciúmes não é amor real.

E agora fico assim
Querer sem poder, Poder sem ter
O que poderia ser?
Melhor me conter, ater-me
Esquecer até amanhã
E assim ficar

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