segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Festa da Democracia

Coisa feia! Esse mês postei muito pouco aqui. Tudo bem, foi por boas causas.
Semana que vem é a “festa da democracia” nacional, como dizem. Pra muita gente é uma verdadeira festa mesmo, com boca livre e tudo! Mas de crítica aos políticos todo mundo está de saco cheio e cansado de receber por email a lista “dos ficha suja”, dos candidatos medíocres, engraçados e afins.
O lance é que fiz uma declaração outro dia que rendeu muita discussão. Disse que vou votar na Marina por ser a candidata que mais se encaixa com que penso, mas pra muitas pessoas vou dizer que votei no Serra. Maldita hora que abri a boca!
Os vermelhos me disseram que virei pelego, e os azuis que se não quero a Dilma não deveria votar na Marina. Faltaram os verdes me dizendo pra assumir de vez o voto!

A Mariana me convenceu durante uma serie de entrevistas que o Jornal da Globo fez. Durante uma semana os candidatos tiveram o mesmo tempo pra responder as perguntas e ela mandou muito bem.

Eu tenho uma visão um tanto romântica quanto a política, governo e governantes. Todas as causas, partidos, movimentos, etc., me parecem lutar por suas idéias, objetivos e interesses individuais. Repito, todas. Pra mim um governo deve ser dirigido para o bem coletivo. O bem de todos. De que me adianta conseguir uma linha de credito no banco se vou ser assaltado na primeira esquina porque alguém não teve a mesma sorte do que eu na vida? De que adianta votar numa pessoa que, pra mim vai ser interessante e pro resto do país não.
Vivemos num território continental onde o coletivo há muito foi esquecido. Em determinado momento foi perguntado para a Marina sobre o Acre. Alguém sabe onde fica o Acre? Alguém já foi pra lá? Pra mim sempre foi um lugar que imagino não ter nada alem de terra e índio! A Marina foi duramente criticada sobre seu governo no Acre. Disseram que os números sobre educação, segurança, saneamento básico, eram lamentáveis. Mas como estava isso antes? Antes era só terra e índio! Imagino eu. E os indicies de lá do Acre se comparados com alguns daqui do Sudeste se igualavam. É muito fácil apontar pra onde o Brasil quase nem é Brasil. E pra mim, o Brasil todo tem que ser como o sul e sudeste. Ter no mínimo a mesma infra estrutura.
Quando saí do país que percebi o quanto a gente é atrasado pra algumas coisas básicas. Transporte decente, por exemplo: Aqui você encontra um toco de concreto amarelo no meio da calçada e aquilo é o ponto de ônibus. Horário? Banco pra descansar? Cobertura? Tudo luxo. E ainda tem que rezar pra um ônibus passar. Outro exemplo, lixeiro: Aqui tem 3 peões que se arriscam correndo atrás de um caminhão, jogando sacos que nem Deus sabe o que tem dentro. Tem lugar lá fora, deu no Fantástico, que tem sistema de coleta a vácuo! Você abre um compartimento e o saco é sugado direto pra estação de tratamento por um sistema de canos subterrâneos. Coisa de louco!
Já escutei comentários também, que nenhum gasto com o bem estar coletivo deve ser visto como gasto. No mínimo investimento.
Pois bem, a Marina tem a mesma idéia. Acredita na educação como meio revolucionário, no desenvolvimento sustentável e mais um monte de coisas que batem com que acredito. Num primeiro turno, quero ter a liberdade de votar em quem acredito que vá lutar pelo bem do coletivo. Não quero votar no meu umbigo e continuar na mesma nóia.
Mas pra algumas pessoas vou falar que voto no Serra. Seria demais pra elas pensarem tão socialmente assim. Principalmente se tratando de empresários e pessoas voltadas ao financeiro pesado. Pra essas, a Dilma continuará com essa política de bolsas disso e daquilo, o que gera uma corja de vagabundos sustentados pelo governo. E o pior, fazendo filhos!
Se fosse pensar no meu, votaria no Serra mesmo. Sou empresário, tenho muita divida no banco, quero mais que a economia vá pra frente mesmo. Não concordo com o PT que aí está. Mas penso no coletivo. Se estiver bom pro outro vai ficar bom pra mim também. Todomundojuntomisturado!
Nesse primeiro turno não quero pensar no meu individualismo medíocre. Quero acreditar num país próspero mais que minha conta bancaria cheia.
Dividir para somar.

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