Caiu na testa! Queimei a língua! Admito que o que critico é bem parecido comigo! Ai ai ai!
Semana passada estava numa conversa de bar dizendo que nos últimos tempos as frases “Não quero nada com ninguém’, ou, “ Quero ficar um tempo sozinho”, ou, “ Não estou afim de relacionamentos agora” , andam se repetindo em todas as esferas da sociedade. E a questão na mesa era se é por conta da idade ou se existe um inconsciente coletivo onde a individualidade impera.
Pela idade, por conta de todo mundo que convivo estar na faixa dos 30. Nesta idade aquele romance de adolescente já é quase um sonho, que nem pareceu existir de verdade. O namoro duradouro dos 20 e poucos já teve “ remembers” suficientes e o ultimo relacionamento deixou algumas feridas que ninguém quer repeti-las. Aí, antes de se meter num relacionamento de novo, o que dá uma preguiça doida só de pensar em conhecer uma família, sobrinhos, pai , mãe, avó, almoços, churrascos..., cansa de pensar(!), antes de começar tudo isso de novo melhor ficar na nossa. Só curtir.
Pelo inconsciente coletivo é mais filosófico e se você tiver uma cervejinha na geladeira abra que você vai entrar no mesmo clima da conversa, rsrs. Vivemos online agora. A maioria sente necessidade de se conectar pelo menos uma vez por dia Tudo começou com o efeito zap, que é ficar mudando de canal com o controle remoto. Existem estudos que uma criança presta atenção em sala de aula durante 8, 10 minutos depois se distrai por uns 5 minutos e volta a prestar atenção. Por quê? O tempo que dura cada bloco de televisão é de 8 a 10 mim! Coisa de doido. Bom, esse efeito se transferiu pra net. Não esta legal o site, o blog, o vídeo, qualquer coisas, não ta legal é só clicar num novo link, digitar um novo site. Imediatamente um novo mundo se abre. Esse efeito pode estar sendo transferido agora para o sentimental. Pra nossa essência, pra nosso intimo. Aí, o mesmo imediatismo se aplica ao carinha que vc esta ficando, não ta legal, tchau! Um novo link aparece logo! A gatinha esta muito manhosa? Encheu o saco? Ciao , vou me conectar em outro site. E por ai vai.
Bom, no furor dessa conversa disse que queria andar na contra mão dessa onda. Que se fosse pra me apaixonar iria fundo, que esse imediatismo vai deixar um país de velhos em breve! Disse que não se trata de me apaixonar pela primeira que vier. Mas que a gente se policia muito e não faz o que tem vontade mesmo. Seja mandar um sms, um email, ou ligar, marcar um cinema, um sorvete na praça, o qualquer coisa que nos pareça ridícula! O flerte é um tanto ridículo! Pelo menos a gente se sente às vezes. Enfim, que se acontecesse eu não iria vir com esse tipo de papo “ agora não”.
Pois num é que mordi a língua!
Sem querer, sem nada acontecer, mesmo antes de acontecer já deixei claro que não to afim. Bati a porta na cara mesmo! Diferente de uma menina que tenha maiores afinidades e que a convivência me dê uma certa esperança ( ou não) de alguma coisa acontecer, essa era uma menina que conheci na balada, que poderia sim rolar alguma coisa mais forte, mais séria, mas que por algum motivo inexplicável eu tesourei de cara.
Seria os 30 anos ou a idéia de que ninguém quer nada serio?
Fiquei pensando nisso e acho que como já havia dito anteriormente, no post “ Tempo do Amor” , o timming de um amor, de uma paixão , ou de qualquer coisa que não seja só ficar, é outro completamente diferente desse frenesi virtual, dessa pressa do novo, das inúmeras possibilidades que imaginamos. A coisa acontece bem mais lenta. Leva tempo. Particularmente, quero conhecer com calma. Saber o que ela gosta, o que detesta, o que faz a garota sorrir o que faz chorar. Enfim, conhecer aos pouco até sentir de fato alguma coisa. Uma mina de balada é muito fácil dizer não quero nada, não sinto nada.
Bom, reformulando meu discurso então: Não quero nada sério enquanto não sentir que de fato gosto de alguém. E se sentir vou dizer sem culpa.
Mas ainda acho que esse lance de “ não quero nada agora’ é um pouco boicote e em breve quem diz isso também acabará mordendo a língua!
Tempo
Há 2 dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário