segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Labirinto

Estou num labirinto de sentimentos. Perdido entre emoções passageiras e vontades contínuas
Como sustentar um amor de anos? Como saber quem é a pessoa certa? Aquela que vai fazer o coração pular, o tempo parar, os olhos brilharem e nenhuma certeza alem do amor pairar no ar como oxigênio, essencial para se viver.
No ímpeto de que isso possa acontecer com a próxima que aparecer, com aquela que aparece sorridente e te da um beijo no rosto, cheirosa, linda, encomendada num sonho qualquer, não seguro mais minha língua, muito menos meu dedo ao pegar o celular!
As vezes acho que vivo a fantasia e digo que a realidade é um sonho. Prefiro, talvez, acreditar no amor platônico que naquele explicito, exposto, escancarado diante do nariz.
Gosto de sentir o coração bater forte por alguém, de sentir saudades, de ficar feliz ao ver a conquista alheia, de sentir mesmo distante, a felicidade que faz as lagrimas vitrificarem as pupilas.
É, sou romântico e intenso. Vivo na corda bamba pendurada sobre a cafonice, o exagero e a chatice! Se bobear caio nisso tudo e o castigo não é a dor da queda, mas o sentimento de ser um Zé Mané grudento metido a galanteador. Aí minto pra mim e lembro-me do “catador” da turma, que eu achava ser o phodão e depois descobri que era um babaca, e me comparo. “Ok, você é o gatão do momento, ta saindo com um monte de gatinha, pra um monte de babaquinha de 18 anos você é o tal phodão” – penso, e concluo: “Mas não passa de um babaca que se mostra o garanhão, mas é um pato!”
Cuen! Cuen!
Ser desprovido de beleza física me deixa com a margem de erro muito próxima de zero alguma coisa. Logo, não posso errar. Um cara bonitão pode não ter uma perna ( literalmente) e mesmo assim causar suspiros na mais bela moçoila. Ontem no Fantástico mostrou um mosquito que tem que fazer seus olhos esbugalharem o máximo possível para conseguir um dia, disputar com outro macho menos zóiudo, a tão almejada cópula!
Só isso também, cópula, sexo. No mundo animal é assim. E uma balada é o mais próximo que chegamos do instinto animal! Pouco importa minha intelectualidade, meu papo, minhas experiências se na balada o que importa é sair com a gatinha? Meo, já dizia o poeta: Me desculpem as feias, mas beleza é fundamental!
Bom, como as armas que tenho são a simpatia e o charme, modéstia à parte, e to cansado do mundo virtual, só me resta convidar para tomar alguma coisa, num ambiente legal que dê para conversar e que os concorrentes sejam menos “zóiudos” que eu!
O problema, vejam vocês, é que acaba virando amizade ou então muitos encontros são necessários. E aí, aí a gente já se conhece demais e acabamos namorando!
E os conflitos vão aparecendo: “mas não quero me envolver”, “não quero namorar”, “não quero nada sério”...
E voltamos ao começo! Como sustentar um amor de anos? Com alguém que me tire tudo isso da cabeça e que simplesmente me faça respirar, é a resposta.
Quando começamos a desenhar a linha no labirinto, sabemos onde devemos chegar, o meio que é complicado.

3 comentários:

  1. Beibe, desculpe a intromissão, mas atribuir a uma moça a carga de "alguém que me tire tudo isso da cabeça e que simplesmente me faça respirar", é pesado demais! Isso é só seu! Isso sim é platonismo, o nosso abismo subjetivo. A gente viu novela demais...

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  2. ié Ju, vimos. eu sei disso, alais sei de tudo! O problema é que nao mudo! E o pior, estou me acostumando com isso. como daltonico que acha que ve cores! E fui meio ironico comigo mesmo nesse texto ;)

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