quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Medroso

Aí ela disse:
_André, é você que desencana quando a coisa fica mais séria. Quando a coisa vai engatilhar, quando pode rolar um namoro você espana! Cai fora. Não é comigo, nem com tal, nem com fulana, nem sicrana, é você.

E a outra disse:
_ Pode ser que você tenha se acostumado a viver só. Que goste mesmo é da solidão e quando sente que pode perder isso, você desencana.

E aí eu parei. Lembrei da primeira namorada. Depois de 3 anos de namoro, aos 21 anos, quando tudo poderia ser lindo e duradouro, quando a pressão pra um possível casamento começou ser mais freqüente, vendi o carro, tranquei a facul, deixei a mina aqui e fui pros States.
Anos depois, quando estava já morando na mesma casa com outra namorada, quando percebi a vida de casado, comecei a buscar outras coisas de novo e mais uma vez “espanei”.
Houveram outros casos e que sempre poderiam ser algo muito mais duradouro e hoje poderia ser pai, estar casado e seguindo a cartilha.

Admitir que aquilo que eu critico é bem parecido comigo é doloroso e ao mesmo tempo consolador. Realmente não se trata de achar a mulher certa, nem colocar na outra a responsabilidade de me fazer feliz. Nunca existirá a mulher perfeita que um dia sabe-se lá como eu idealizei aqui na caxola! Essa fantasia não faz mais sentido.

A responsabilidade afetiva me assusta. Não sei ao certo até onde ir nem pra onde! Ok, isso se descobre a dois e cada caso é um caso. Tempo ao tempo. E o que sempre digo pros outro agora é minha vez de escutar: Se joga André!

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