terça-feira, 8 de junho de 2010

Não para, não para, não para não.

Estive pensando em algumas coisas. Sabe aqueles pensamentos que você gostaria que o mundo pensasse igual? Bom, pelo menos que o Brasil pensasse, pelo menos São Paulo, pelo menos o Metrô. Sim o metrô e os modais que integram o sistema de transporte público da capital.
Estão fazendo uma baita campanha da linha amarela e da expansão das linhas. Ofereceram um período gratuito nessa linha, propagandas bem produzidas, programas de TV, reportagens em telejornais e mídia impressa. Viva o metrô.
Moro pertinho da estação Brigadeiro e sei bem os benefícios disso. É quase mágico. Quase como descer na garagem do prédio e quando voltar para o térreo estar em outro lugar. Ok, nem tão mágico assim, mas é muito bom.
Juntando a esse pensamento a lei seca. Lindo na teoria, na pratica a coisa é bem diferente. Sair com o carro e não beber não é o fim do mundo, mas é muito menos prazeroso estar numa balada tomando coca-cola. Para os adeptos a uma boa cerveja como eu a primeira solução que pensamos é o metrô. Perfeito se tiver um ponto perto da balada. Dá até pra ir bebendo no caminho!
E aí vem o pensamento que eu queria que as autoridades responsáveis pelo transporte público tivessem:
Porque cargas d’água o metrô pára à meia-noite?

São Paulo sempre foi classificada como a cidade que nunca dorme, que nunca pára. É conhecido que a vida noturna na capital é agitada. Como pode então o metro fechar?
Não que tenha que manter a mesma frota, mas que pelo menos de hora em hora.
Seria mais que justo para uma população que vive tão estressada poder curtir a noite paulistana sem preocupação com o horário. Sem precisar sair correndo de uma festa que está só começando para não perder o metro.
E se não falarmos da vida noturna dos baladeiros, uma pessoa que numa emergência precise chegar a algum lugar na madrugada, um hospital por exemplo, fica totalmente sem opção. E taxi pra muita gente está totalmente fora do orçamento.

Toda essa campanha é valida. O metro deve mesmo se expandir. Deve haver investimento com trens modernos que nem maquinista tem, deve-se sim dar conforto pra população. E deve sim prestar serviço de extrema utilidade publica, a meu ver, em todos os horários. As vezes ofuscam nossos olhos com tanta purpurina e gastos exorbitantes que esquecemos do básico. Há muito tempo, antes dessa expansão, se fosse expandido só o horário, já teria sido um belo de um avanço. Agora ta tudo cheirando a novo, mas de noite é melhor guardar na garagem. Medo que roubem o trem?

Acredito que as leis devam ser mais bem amarradas nesse sentido. A lei seca teria dado muito mais certa se o transporte público estivesse preparado para atender essa demanda noturna.

Enfim, é Copa e Viva o Brasil!

3 comentários:

  1. Conversando com minha amiga advogada Mirian Prado pelo msn descobri isso:

    Mirian diz (10:33 AM):
    *a origem da proibição de circulação de transporte público a noite
    *é ridícula, patética
    *porém, real
            André         diz (10:33 AM):
    *violencia?
    Mirian diz (10:33 AM):
    *SP sempre foi pólo industrial
    Mirian diz (10:34 AM):
    *então, os donos de fábricas e do mundo, que precisavam que seus trabalhadores estivessem sóbrios pra trabalhar no dia seguinte, decidiram proibir
    *isso começou com a comunidade italiana
    *que enche a cara de vinho
    *e ia trabalhar nas fábricas no dia seguinte
    *e rolavam uns acidentes
    *pasme
    *mas é isso mesmo
    Mirian diz (10:35 AM):
    *aula de história do Direito
    *rssrsr
    *me lembro de ter aprendido isso

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  2. Ain, eu li e pensei em comentar mas esqueci, malsae.

    Ano passado eu tive que entrevistar uma mulher lá do metrô por conta do lançamento do Embarque Melhor e tals, e eu perguntei exatamente isso pra ela, pq o metrô não funciona na madrugada.

    A resposta foi tão simples que me chocou: se o metrô não parar, que hora eles iriam fazer a manutenção?

    Que aliás, pra essa biroska funcionar direito, tem que ser feita todos os dias.

    É isso. Beijo, paulistano!

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