sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Foco!

Meu objetivo com esse texto é dizer que o principal problema da juventude atual é a falta, justamente, de objetivo.
Pra isso, vou primeiro fazer uma introdução:

Estou mudando de área. Depois de 10 anos trabalhando com arte digital e até agora ter conseguido comprar uma bicicleta, um Playstation e algumas quinquilharias, resolvi trabalhar com o comercio. A ilusão é uma só: não ter mais preocupação com dinheiro, ter minha independência financeira decretada!
Depois de muito pensar num negocio, decidir por ele, pesquisar um pouco sobre o assunto (leia-se Google), resolvi dar uma passada no SEBRAE. Como diria Zagalo no Globo Esporte: “Ai sim, fomos surpreendidos”!
A primeira palestra que assisti foi um ponto determinante de mudança na minha vida. Parece um religioso falando que descobriu Jesus! Não chega a tanto, mas uma luz sim, isso sim, me senti iluminado com o saber!! ( Quase profético isso!)
Gravei com ferro em brasa na pele: A primeira coisa é ter um Objetivo.

Pronto, agora vem um monte de baboseira em 3 ou 4 parágrafos até chegarmos à conclusão. Mas precisamos desenvolver a linha de raciocínio para sermos compreendidos, não tem como queimar essa etapa. Seria como escrever “Quem?” e “galinha?” e ignorar o “nasceu primeiro o ovo ou a”!!! Continuando então:

Percebi que ser empresário deveria ser matéria de escola. Empreendedorismo pra ser mais especifico. Organizar seu dinheiro e administrar a própria vida, quem não precisa disso? Ë mania nacional gastar o que não tem, fazer um monte de crediário sem nem pensar na geladeira vazia. Somos totalmente desregrados. São poucos os organizados que sabem o dinheirinho que entra e sai. A maioria percebe que o dinheiro saiu quando ele acaba!
Mais profundo que simples dinheiro, ter o objetivo é o mais importante. Ë como um filme: Logo de cara já sabemos o que o mocinho precisa fazer, salvar a mocinha. Imaginem se o mocinho no meio do filme resolve ser um detetive particular e se mudar pra Malibu? Depois resolve ser o Vilão. E depois bombeiro, e depois jogador de futebol, e depois e depois e depois. Seria um filme sem fim. Agora pense na vida.
Quando a gente pensa num objetivo na vida, não somos nem um pouco objetivos!! Objetivo é quase um sonho inalcançável. Como crianças que querem ser jogadores, astronautas, pilotos...
Foco! O mocinho precisa salvar a mocinha. E em menos de 2 horas! E ai ele vai, passa por inúmeros obstáculos até finalmente chegar no castelo do mau. Enfrenta o vilão e salva a mocinha. Fim.

Eu queria ser diretor de TV. Mudar toda essa mediocridade televisiva e tomar o lugar dos Marinho! Antes quisesse ser astronauta! Não foi por falta de brilhantismo ou oportunidade. Foi sim a dura realidade. Trata-se de empresas de comunicação, o papel social é mínimo, pra cumprir tabela, o lance é grana. Nunca vão deixar de serem empresas. Sendo assim vou dirigir a minha empresa! Há! Voltando ao objetivo:
Aprendi que tenho que achar um ponto, abrir firma, entrar com financiamento, fechar com a franquia, reformar o lugar e finalmente abrir o negocio. Veja, o objetivo é abrir o negocio, mas preciso passar por todas essas etapas até marcar o gol.
Alem disso tenho uma projeção de ganhos e daqui 36 meses aproximadamente eu pago tudo isso que estou investindo, são 3 anos. Mais 2 anos to legal e chego no meu objetivo final que é minha estabilidade financeira. Lembra?
Agora vem a conclusão disso tudo e eu vou juntar os dois textos.
Comecei dizendo que a juventude de hoje não tem objetivos. Pois bem:

Passei 10 anos tentando ser alguma coisa que já nem sabia mais o que era. Já fui câmera, editor, diretor, produtor, assistente, fotografo, motorista, maquinista, de tudo dentro de um set. Não sabia mais se queria cinema, televisão ou publicidade. Coincidentemente esse 10 anos foram meus 20 anos. That’s over baby! E por isso que vejo que o mal da juventude é a falta de objetivos. Curtos, que durem não mais que 5 anos. Claro que tem a faculdade nesse meio que toma 4 anos no mínimo. Mas e depois? O que eu conheço de pessoas que saíram da faculdade mais desnorteadas de quando entraram, não é brincadeira. Ninguém sabe ao certo o que fazer. Para onde ir. Acabamos que atiramos pra todos os lados e quando menos percebemos lá se foram 10 anos e a sensação de que não fizemos nada prevalece.
Quantos a gente não escuta dizendo que queria passar um tempo em Londres, nos EUA e nunca foram? O que essas pessoas realmente fazem pra chegar a esse objetivo? São como o mocinho que mudou de idéia no meio do filme. Um dia elas podem ir pra La, mas vai demorar tanto.
O lance é mirar logo ali. Tiro certeiro, em pouco tempo vc atinge o alvo. Como meu objetivo de dizer do mal da juventude lá no começo do texto. Passando pelas etapas até chegar numa conclusão. E depois? Depois a gente mira noutro, e noutro e noutro. Acumular pequenas grandes vitorias ao longo da vida é melhor que sentir o gosto de uma única no fim da vida.

Sejamos os Mocinhos do nosso filme. E salvem suas mocinhas!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Deixei a cidade entrar

Deixei a cidade entrar
Estava no meu mundo de aluguel
De cheiro de banho quente e desodorante rollon
A casa cheia de vapor
Deixei ele sair mas a cidade entrou

A britadeira que não para de britar
A buzina que vem gritando deixa deixa eu passar
E no breque do buzao encontrei um sabiá
A sabiá
Que pousou na janela que abri
Quando deixei a cidade entrar
E tudo acabar.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Dos ficantes aos namoridos [ Martha Medeiros]

Fiz um link desse texto da Martha Medeiros com o meu logo abaixo. Faça voce também!
Ótimo pra refletir no fim de semana. Bom descanso a todos.

~'~

Dos ficantes aos namoridos

Se você é deste século, já sabe que há duas tribos que definem o que é um relacionamento moderno.

Uma é a tribo dos ficantes. O ficante é o cara que te namora por duas horas numa festa, se não tiver se inscrito no campeonato “Quem pega mais numa única noite”, quando então ele será seu ficante por bem menos tempo — dois minutos — e irá à procura de outra para bater o próprio recorde. É natural que garotos e garotas queiram conhecer pessoas, ter uma história, um romance, uma ficada, duas ficadas, três ficadas, quatro ficadas... Esquece, não acho natural coisa nenhuma. Considero um desperdício de energia.

Pegar sete caras. Pegar nove “mina”. A gente está falando de quê, de catadores de lixo? Pegar, pega-se uma caneta, um táxi, uma gripe. Não pessoas. Pegue-e-leve, pegue-e-largue, pegueeuse, pegue-e-chute, pegue-e-conte-para-os-amigos.

Pegar, cá pra nós, é um verbo meio cafajeste. Em vez de pegar, poderíamos adotar algum outro verbo menos frio. Porque, quando duas bocas se unem, nada é assim tão frio, na maioria das vezes esse “não estou nem aí” é jogo de cena. Vão todos para a balada fingindo que deixaram o coração em casa, mas deixaram nada. Deixaram a personalidade em casa, isso sim.

No entanto, quem pode contra o avanço (???) dos costumes e contra a vulgarização do vocabulário? Falando nisso, a segunda tribo a que me referia é a dos namoridos, a palavra mais medonha que já inventaram. Trata-se de um homem híbrido, transgênico.

Em tese, ele vale mais do que um namorado e menos que um marido. Assim que a relação começa, juntam-se os trapos e parte-se para um casamento informal, sem papel passado, sem compromisso de estabilidade, sem planos de uma velhice compartilhada — namoridos não foram escolhidos para serem parceiros de artrite, reumatismo e pressão alta, era só o que faltava.

Pois então. A idéia é boa e prática. Só que o índice de príncipes e princesas virando sapo é alta, não se evita o tédio conjugal (comum a qualquer tipo de acasalamento sob o mesmo teto) e pula-se uma etapa quentíssima, a melhor que há.

Trata-se do namoro, alguns já ouviram falar. É quando cada um mora na sua casa e tem rotinas distintas e poucos horários para se encontrar, e esse pouco ganha a importância de uma celebração.

Namoro é quando não se tem certeza absoluta de nada, a cada dia um segredo é revelado, brotam informações novas de onde menos se espera. De manhã, um silêncio inquietante. À tarde, um mal-entendido. À noite, um torpedo reconciliador e uma declaração de amor.

Namoro é teste, é amostra, é ensaio, e por isso a dedicação é intensa, a sedução é ininterrupta, os minutos são contados, os meses são comemorados, a vontade de surpreender não cessa — e é a única relação que dá o devido espaço para a saudade, que é fermento e afrodisíaco. Depois de passar os dias se vendo só de vez em quando, viajar para um fim de semana juntos vira o céu na Terra: nunca uma sexta-feira nasce tão aguardada, nunca uma segunda-feira é enfrentada com tanta leveza.

Namoro é como o disco “Sgt. Peppers”, dos Beatles: parece antigo e, no entanto, não há nada mais novo e revolucionário. O poeta Carlos Drummond de Andrade também é de outro tempo e é para sempre. É ele quem encerra esta crônica, dando-nos uma ordem para a vida: “Cumpra sua obrigação de namorar, sob pena de viver apenas na aparência. De ser o seu cadáver itinerante".

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Geraçao Careta

Viva a revolução sexual! Viva!
Mas que porra é essa?
Suruba? Ciclistas nus na Avenida Paulista? Ou quem sabe meninos com meninos, meninas com meninas tudo misturado nas baladinhas mUdernas da Augusta?

Até onde eu sei a tal revolução aconteceu nas décadas de 60 e 70. E o que hoje parece banal antes era um problema.
A palavra “ficar”, por exemplo, significava não mais que um estado físico. E até os 18 anos eram comuns muitas meninas e meninos nunca terem provado o sabor de um beijo. O namoro acontecia na sala com a família reunida e o Maximo que acontecia era pegar nas mãos.
A mulher era fortemente repreendida pela sociedade caso divorciasse-se de seu marido e vivesse solteira. Era duro, pensa! Igreja e família pesavam muito no comportamento das pessoas. A virgindade era sagrada num casamento.
Sem contar os tabus como homossexualidade, visto com olhos preconceituosos até hoje.
A classe artística, que também sofria preconceito sexual, quem era ator de teatro era promiscuo e ponto, começou a se manifestar. Lutar pelo sentimento contido dentro de todos da época. Queriam se expressar, queriam amar, queriam viver a liberdade de escolha. Sentir prazer não é pecado! Aos poucos a coisa foi tomando proporções gigantescas culminando no Wood Stock. Inúmeros movimentos surgiram depois desse evento. Feministas, Gays, e todos que estavam dentro do armário se uniram e foram as ruas, assumiram-se e exigiam da sociedade o respeito devido. Aí eu nasci.

7 de novembro de 1979. Trinta anos atrás. Era meio que o fim da “porraloquisse” toda e o começo da era mais brega de todos os tempos. Hoje a galera vai beber dessa fonte e pra mim são pouquíssimas as coisas que salvam. Principalmente se tratando de visual. Mas voltando a revolução sexual...
Nessa época falava-se muito em AIDS. E a tal da revolução retrocedeu um pouco. De repente aquela zona do Wood stock não poderia rolar sem camisinha! E isso nos retraiu um pouco até meados dos anos 90 e com o bum mais recente na virada do milênio. Anos 2000 só alegria.
Pra mim, o primeiro indicio do que viraríamos hoje, foi a invenção do Ficar. Os mais velhos m perguntavam o que era isso, como funcionava. A tio, agente sai, olha a menina se rolar a gente fica; dá uns beijos e só. Mas não tem namoro? Naaaao Tio! Era difícil deles entenderem.

Muito bem, chegamos onde chegamos. O sexo hoje ficou fácil. Foi essa a herança deixada pela revolução sexual. Transa-se por simples tesão. Gozamos por puro prazer. Até o mito de dar pro carinha na primeira noite já era. O de mulher galinha também. Hoje todo mundo transa. Todo mundo goza. Todo mundo trepa. Mais fácil encontrar um pré-adolescente que já transou que ter feito a primeira comunhão! Viva a revolução sexual! Viva! Será?

Quando o assunto é coração e não tesão a coisa pega. Ficamos mais perdidos que ponta no cinzeiro! E tão queimados quanto! Ardendo em duvidas e incertezas. Entraves e tentando achar-se em inúmeras classificações: HT, Gay, Lesbica, Bi. Mas é mais profundo que simples nomenclatura. O que dizer das relações amorosas entre 3 pessoas? Traição? Fidelidade? O quanto somos modernos quanto a isso? Nada, ou quase nada. Sofremos amor como nossos avós. Separamos a genitália do resto do corpo. Coração, mente e sexo estão unidos, mas insistimos em separá-los. Enquanto vivemos toda essa liberdade sexual, ainda nos emocionamos com casamentos de amigos. Alguns leitores com seus próprios casamentos. Vi hoje mesmo. Uma amiga postou uma foto de uma noiva no facebook e os comentários foram todos elogiosos. E com uma pontinha de inveja!
Somos caretas, retrógados quanto ao relacionamento. Trasar é fácil relacionar-se não. O quanto realmente nos aprofundamos e conhecemos o próximo? Quanto nos conhecemos? E quanto realmente estamos abertos para o próximo?

Minha primeira atitude tomada quanto a essas questões foi ser sincero. O mais sincero possível, sabendo que é impossível ser totalmente. Tenta pra você ver. Vai perder os amigos em 1 mês! Mas comigo eu posso ser. Ser sincero com meus sentimentos. Não vou negar as pessoas que gosto e o que sinto por elas, seja lá o que for. Deixei de lado o jogo bobo da sedução. Não existe cartilha no amor. Não existe formula. Mais UTIL dizer ao próximo o que sinto por ele do que tentar seduzi-lo dizendo o que queira ouvir. Esse é o jogo de que estava falando. Se me perguntarem: Você me ama? – Minha resposta vai ser meu sentimento mais sincero que tenho por ela. Quem sabe o que é amar alguém? Posso dizer que penso sempre nela, o tempo todo, que imagino milhões de coisas para fazer com ela, que sinto desejo, que as horas voam quando estamos juntos e se tudo isso que sinto é amor, então sim eu amo. Mas se tenho desejo, atração, gosto da “pegada”, do beijo e do sexo, vou dizer isso. Tinha até uma musica na Jovem Pan, de miiiiiiileanos que era assim: Coisa de maluco dizer que ama, só pra levar mais uma pra cama.

Espero ser menos careta agindo assim.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Paula Souto

Previ o futuro!

"Não duvidem se daqui a pouco aparecer a “Mulher Ban-Ban” estampada na capa de uma revista masculina ou num programa de TV."

Escrevi isso logo quando aconteceu o caso. Entrevistas ela ja deu um monte, até ao vivo no Fantastico. Logo ela ganha um programa alá TV Fama. E revista? Imaginem meu espanto ao ver isso: "Playboy tem interesse na nudez de Geisy Arruda, diz jornal"

Agora só falta eu prever os numeros da mega-sena!